Rede de ONGs da Mata Atlântica divulga carta de repúdio contra ação política do Estado de São Paulo

Rede de ONGs da Mata Atlântica divulga carta de repúdio contra ação política do Estado de São Paulo

Categoria(s): Arquivo

Publicado em 29/07/2016

A Rede de ONGs da Mata Atlântica acaba de divulgar uma carta de repúdio contra suposta operação política realizada pelo Estado de São Paulo. De acordo com denúncias, o governo estaria usando cargos políticos da Secretaria do Meio Ambiente para conseguir apoio de partidos na campanha eleitoral do município de São Paulo que acontecerá este ano. Leia, abaixo, o manifesto da organização.

CARTA DE REPÚDIO:

A BARGANHA POLÍTICA EM DETRIMENTO DO FUTURO COMUM

As organizações e entidades ligadas à RMA – Rede de ONGs da Mata Atlântica vem a público repudiar os recentes boatos de utilização da Secretaria do Meio Ambiente do Estado de São Paulo como moeda de troca por apoios políticos para a campanha eleitoral municipal deste ano.

Consideramos que os interesses da maioria da população, que anseia por ter mais qualidade de vida e poder usufruir de um meio ambiente saudável para suas famílias, acabam por ser aviltados diante de acordos nada transparentes e que, quase nunca, trazem benefícios ao conjunto da sociedade e visam tão somente ganhar espaço de televisão e outros apoios para os candidatos.

Aliás, tristemente tais arranjos, com grande frequência, servem apenas para acomodações de pessoas frequentemente desqualificadas para os cargos que lhes são atribuídos o que causam retrocessos, quando não o sucateamento e o aparelhamento das estruturas públicas que funcionavam a contento.

Quando tais ameaças pairam sobre o já sofrido e atacado meio ambiente, revelam o descaso com que governantes tratam um tema tão sensível para a vida de todos. Portanto, rogamos aos partidos políticos e ao Governador Geraldo Alckmin que sejam responsáveis e não transformem a Secretaria de Meio Ambiente em espaço para o desenvolvimento de uma política menor, espúria e vazia reproduzindo atitudes que infelizmente vimos com frequência no nosso país, as quais a sociedade não mais aceita.