Em 2016, plantamos aproximadamente 100 hectares de Mata Atlântica (os locais de plantios estão destacados no mapa ao lado). É um número muito expressivo, ainda mais em um ano em que as empresas diminuíram os investimentos nas questões socioambientais, apesar destas serem muito importantes para toda a economia do mundo e, mais que isso, para a qualidade de vida de toda a população.

As florestas foram, este ano, recuperadas prioritariamente no estado de São Paulo. A escolha se deve a diversos fatores: a proximidade com a sede da Iniciativa Verde (que fica na capital), o que facilita o acompanhamento do trabalho emitindo menos carbono no deslocamento dos funcionários); recuperar a água do Sistema Cantareira, que ainda está em uma situação crítica e é responsável por abastecer parte da maior região metropolitana do Brasil; e consolidar o trabalho da instituição em Unidades de Conservação, como o Mosaico do Jacupiranga. Desde 2006, a Iniciativa Verde já realizou plantios dentro de seis Áreas de Proteção Ambientais Estaduais de São Paulo e uma de Minas Gerais, além de um Parque Estadual de São Paulo.

A maior parte dessa floresta foi plantada por meio de compensações ambientais realizadas pela Iniciativa Verde. Nesse caso, as companhias que precisam recuperar a mata nativa, devido a obras ou outras ações, chamam a ONG para ajudá-las nessa tarefa. O resultado é verde de se ver!

Gerando uma economia verde
Plantar mudas é muito mais do que recuperar um dos biomas mais ricos e devastados do mundo, a Mata Atlântica. Quando a Iniciativa Verde atua em um local, gera toda uma economia em torno da recuperação do meio ambiente. Além de conversar com proprietários rurais e com gestores de áreas protegidas para receberem as florestas; capta recursos por meio das empresas, editais, doações, compra mudas e contrata a mão de obra de empresas ou pessoas locais, leva educação ambiental, saneamento, emprego, valorização do espaço e conhecimento técnico para as áreas de plantio.

Em 2016, compramos e plantamos 150 mil mudas apenas de viveiros comunitários na região do Mosaico de Unidades de Conservação do Jacupiranga, no Vale do Ribeira (SP).

Sistema Cantareira: a Iniciativa Verde recuperou áreas degradadas em Joanópolis (SP), Camanducaia (SP) e Extrema (MG). Nesse caso, em parceria com a prefeitura que tem o premiado projeto Conservador das Águas.

Vale do Ribeira: os municípios de Cajati e Barra do Turvo receberam as florestas com destaque especial para o belo Parque Estadual Rio Turvo (PERT), importante pelas espécies endêmicas de fauna e flora e, também, por sua relevância antropológica. Nele foi encontrado o fóssil do Homem da Capelinha, o mais antigo registro de ocupação humana dentro do estado.