Iniciativa Verde realiza oficina de saneamento básico no Parque Estadual do Rio Turvo

Iniciativa Verde realiza oficina de saneamento básico no Parque Estadual do Rio Turvo

Categoria(s): Arquivo

Publicado em 20/10/2016

Mais de 50 pessoas se reuniram para participar da oficina sobre saneamento rural com tecnologias socais no dia 11 de outubro, no Núcleo Capelinha do Parque Estadual do Rio Turvo (PERT) em Cajati, sul do estado de São Paulo. Na ocasião, a organizadora e patrocinadora do evento, Iniciativa Verde, apresentou e montou uma fossa biodigestora e um jardim filtrante para a comunidade local, ambos modelos da Embrapa que foram empregados no Projeto Plantando Águas, finalizado em 2015 e que teve patrocínio da Petrobras. O objetivo do evento é buscar a continuidade do projeto, mas agora a ser realizado na região em questão, e mostrar para a população como tecnologias acessíveis podem preservar o solo e a água. Ou seja, há uma solução para substituir as fossas comumente empregadas, mas estas tão poluentes para o meio ambiente e insalubres para os moradores ou frequentadores do local em questão.

O evento contou com a presença da equipe da Iniciativa Verde, moradores da região, representante Companhia Ambiental Do Estado De São Paulo (CETESB) de Registro, secretário da Prefeitura de Cajati, grupo ATER Mulher Agroecologia (mulheres de um projeto de assistência técnica e extensão rural do Bairro Conchas), professores e alunos da Universidade Estadual Paulista (UNESP), seis gestores das Unidades de Conservação da região, técnicos da Fundação Florestal, representante da Secretaria do Meio Ambiente do Governo do Estado de São Paulo. Aline Gomes Zaffani, bióloga especializada em hidráulica e saneamento, foi a coordenadora da instalação.

No Parque Estadual do Rio Turvo foram instalados uma unidade de fossa séptica (trata a água do esgoto com biodigestão a partir do esterco de vaca) e um jardim filtrante (jardim ornamental que trata as águas das pias da casa). A oficina ajudou a difundir na região deste tipo de solução apropriada para áreas de baixa densidade populacional. Especialmente, no caso do Mosaico do Jacupiranga, nas áreas de Unidades de Conservação (UCs) de Desenvolvimento Sustentável. Esses tratamentos da água, além de equacionar a questão do saneamento no local, ficarão como áreas demonstrativas dentro do parque. Durante o evento, foi feita a exposição teórica e prática da montagem dos sistemas.

Sobre a recuperação florestal do Parque
Atualmente, a Iniciativa Verde está desenvolvendo projetos de restauração florestal no Vale do Ribeira, voltados à compensação ambiental por empreendimentos sujeitos ao licenciamento. Esses projetos são feitos no âmbito do Programa Nascentes da Secretaria do Meio Ambiente de São Paulo ou atendendo uma compensação junto ao Instituto Brasileiro do Meio Ambiental e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA), como é o caso da compensação ambiental devido à duplicação da BR 116, Serra do Cafezal, pela Autopista Régis. Para esta compensação, estão sendo restaurados 72 hectares de floresta nativa dentro do Núcleo Capelinha do Parque Estadual do Rio Turvo (PERT), em Cajati.

Esta área era anteriormente um sítio, com plantações e edificações. Neste processo, que deve durar cerca de dois anos, foi contratada uma equipe local de trabalhadores e feitas parcerias, em especial com a Fundação Florestal, gestora desta Unidade de Conservação. Uma casa situada no interior da gleba está sendo adaptada para uso da equipe durante esses trabalhos e, depois, será repassada ao PERT. São as águas dessa casa que receberão o tratamento apresentado na oficina. A edificação está na área alta da sede do Núcleo Capelinha, próxima à cachoeira do rio Capelinha, principal atrativo deste setor da Unidade de Conservação. Portanto, cuidar da água desde a sua fonte é importante para equacionar de forma adequada o saneamento.

Plantando Águas
O Plantando Águas foi um projeto criado e desenvolvido em oito cidades do estado de São Paulo, pela Iniciativa Verde em parceria com cerca de 20 instituições, patrocinado pela Petrobras. Resumidamente, ele incluiu a educação ambiental, a instalação de tecnologias sociais, a realização de oficinas, o plantio de árvores nativas e de Agroflorestas em áreas degradadas. Com relação à tecnologia social, foram inseridos nas propriedades: cisternas (para armazenar a água da chuva), fossas sépticas e jardim filtrante. Estes dois últimos desenvolvidos pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa). Também, durante o projeto, foi feito o monitoramento da água em 22 pontos que fornecem o recurso para as casas dos participantes do projeto.


Mais informações
As cartilhas que explicam como as tecnologias devem ser instaladas estão disponíveis para download aqui.