"Apesar da baixa expectativa em relação às negociações nesta COP, um avanço significativo foi que as Partes reconheceram oficialmente a necessidade adicional reportada pela UNEP de um corte extra nas emissões de GEE na ordem de 6-11 gigatoneladas de CO2 equivalente até 2020, com o objetivo de cumprir a meta de não deixar o aumento médio da temperatura da Terra no século 21 ultrapassar os 2 graus centígrados. O reconhecimento universal do que precisa ser feito é o passo inicial para o delineamento do tipo de Acordo que precisamos.

Outra grande expectativa nessa Conferência é sobre a continuidade do Protocolo de Kyoto, com uma definição clara de como seria o seu Segundo Período de Compromisso. Isso é importantíssimo para os países em desenvolvimento, em particular o Brasil, que poderia continuar a se beneficiar do MDL, que tem sido uma importante fonte de recursos na realização de projetos de energia renovável no país.

Por outro lado, está óbvio nesta COP a importância que as Partes estão dando para a Adaptação. Muitos side events estão sendo realizados sobre o tema, que será fundamental para o futuro das comunidades afetadas pela mudança climática. Isso ressalta a importância de uma definição clara sobre o futuro do Protocolo de Kyoto e dos mercados de carbono, já que uma parte dos recursos negociados neste mercado vai para o Fundo de Adaptação."

Magno Castelo Branco