Por Reinaldo Canto*

A restauração florestal será um dos temas em destaque na participação da Iniciativa Verde durante a COP30, conferência do clima da ONU que este ano será sediada em Belém (PA). A organização, reconhecida por seu trabalho de reflorestamento e compensação de emissões de carbono, vai enfatizar que recuperar áreas degradadas é tão importante quanto frear o desmatamento na luta contra as mudanças climáticas.

O presidente da Iniciativa Verde, Roberto Resende, que representará a entidade no encontro, destaca a urgência de se ampliar o apoio a projetos de restauração em biomas fortemente ameaçados, como a Mata Atlântica e o Cerrado. Segundo ele, o debate climático global não pode se restringir à Amazônia — ainda que ela continue sendo um ponto crítico e de extrema relevância ambiental.

“Queremos chamar a atenção para a necessidade de se apoiar projetos de restauração florestal na Mata Atlântica e no Cerrado, dois dos biomas mais devastados no Brasil, sem desmerecer quaisquer outras ações que envolvam a Amazônia, atualmente o centro das atenções do mundo”, afirma Resende.

O dirigente lembra que impedir o desmatamento é uma etapa essencial, mas que a recuperação das áreas já degradadas representa um passo decisivo para aumentar a capacidade do planeta de absorver o carbono da atmosfera, reduzindo os efeitos danosos do aquecimento global.

A presença da Iniciativa Verde na COP30 reforça o papel do Brasil como protagonista na transição para uma economia mais verde e resiliente. Ao levar a pauta da restauração florestal à maior conferência climática do planeta, a organização espera contribuir para a construção de políticas e parcerias que ampliem o impacto positivo da recuperação da vegetação nativa e fortaleçam o compromisso mundial com o equilíbrio climático.

*O jornalista da Envolverde e do CicloVivo integra a Casa do Jornalismo Socioambiental com outros 20 veículos na maior rede de jornalismo socioambiental já reunida para cobrir uma conferência do clima