Sem palavras. Uma fotografia de Tuca Reinés vale mais do que mil sentimentos. Com uma sensibilidade delicada e leve para fotografar arquitetura (sua formação acadêmica) e, principalmente, paisagens naturais, já ganhou dois Leões de Ouro no Festival de Cannes entre outros prêmios. No site do fotógrafo, é possível apreciar a sua arte. Ele possui inúmeras fotos, coloridas e em preto e branco, de paisagens nativas como a Mata Atlântica. São imagens que captam a fragilidade do tempo dentro daquele espaço, relevando uma beleza só vista por quem sente o cheiro e a umidade dessa floresta. Agora, para ajudar a preservar a Mata Atlântica, seu foco de inspiração, Tuca Reinés aderiu à campanha da Iniciativa Verde “Eu Sou Carbon Free”. Ou seja, compensou as emissões de 21,3 toneladas de carbono equivalente (CO2e) do último ano de sua vida com o plantio de 135 árvores em áreas degradadas.
A campanha “Eu Sou Carbon Free” tem um caráter educativo e, ao mesmo tempo, efetivo. Por meio dela, personalidades como o Tuca Reinés e pessoas em geral podem calcular o quanto suas atividades anuais como fazer viagens aéreas, ir ao trabalho de carro, ligar o aquecedor ou o ar-condicionado geram direta ou indiretamente carbono equivalente (quantidade de gases do Efeito Estufa convertidos em carbono).
No caso do Reinés, 71% das suas emissões são provenientes do transporte aéreo, 20% do uso do carro particular e 4% de eletricidade. Essas emissões fortalecem o aquecimento global, que poderá afetar a vida das pessoas negativamente devido ao aumento de eventos extremos como a falta de chuvas. Para mitigar esse problema, a compensação desses gases anuais é feita com o plantio de árvores nativas. Uma árvore de Mata Atlântica absorve até 190 kg ao longo de seu crescimento. “A importância dessa compensação é infinita e, na minha consciência, fica a tranquilidade da dívida paga”, afirma Reinés.
Compensando as emissões com o plantio de árvores nativas, Tuca Reinés por meio da campanha “Eu Sou Carbon Free” recupera áreas vitais degradadas da Mata Atlântica do Brasil como o leito de rios. No caso dele, as árvores serão plantadas em áreas de mananciais de São Carlos, interior de São Paulo. Essas áreas deverão ser preservadas pelos proprietários rurais que, na maioria das vezes, empregam sua própria mão de obra monitorada por técnicos da Iniciativa Verde no plantio das mudas. Assim, o agricultor tem uma renda extra proveniente da campanha pelo seu trabalho, tem recurso financeiro e técnico para fazer a recuperação da floresta e vivencia a importância em preservar a mata nativa.
Paralelamente, toda a sociedade recebe em troca. As florestas de Mata Atlântica recompostas – bioma onde cerca de 70% da população brasileira mora e, muitas vezes, esquece que está sobre ele – preservam o solo fortalecendo a agricultura, cuidam da qualidade e quantidade da água, dão abrigo para animais nativos e fornecem substâncias usadas por diversas indústrias como a farmacêutica. “Todo cidadão deve contribuir, cada um com o que pode, mas o importante será banir as ações predatórias da nossa rotina de vida”, ressalta Reinés.
Personalidades “Eu Carbon Free”
O jornalista Heródoto Barbeiro, conhecido por sua militância ambiental, também participa da campanha “Eu Sou Carbon Free”. O atual apresentador do Jornal da Record News compensou a emissão de suas atividades diárias de um ano com o plantio de 33 árvores nativas. O consultor e ambientalista Fabio Feldmann, com o plantio de 92 árvores. “É importante a disposição de cada pessoa em ter compromisso com o seu impacto no meio ambiente”, afirma Feldmann. Leia a entrevista exclusiva que ele deu para a Iniciativa Verde. Antes deles, a apresentadora de TV e atleta Ana Karina Belegantt ajudou com a recomposição de 51 árvores nativas.
Saiba que todos podem calcular as suas próprias emissões de carbono anuais – inclusive você! – e compensá-las ajudando a recompor a degradada Mata Atlântica. Para saber como participar, mande e-mail para: contato@iniciativaverde.org.br.