Mais de 785 mil foram às ruas na maior mobilização climática da história

Mais de 785 mil foram às ruas na maior mobilização climática da história

Categoria(s): Arquivo

Publicado em 30/11/2015

Organizadores da Marcha Mundial pelo Clima divulgaram hoje a contagem final de participantes: mais de 785 mil pessoas, em 2.300 eventos e 175 países fizeram parte do movimento para exigir ação climática urgente por parte dos líderes mundiais. Esta foi a maior série de passeatas sobre o tema das mudanças climáticas da história, tendo 24 países quebrado o próprio recorde de adesão popular.

Para Emma Ruby-Sachs, diretora de campanhas da Avaaz, "a mobilização deste fim de semana para pedir o compromisso dos líderes em Paris com a transição para o uso de energia 100% limpa não tem precedentes. Recordes de participação foram quebrados em todo o mundo, desde Bangladesh até a Grã-Bretanha, com um total de 785 mil pessoas participando da maior mobilização global pelo clima que o mundo já viu”.

As mobilizações aconteceram em todo o mundo apesar do cancelamento da marcha de Paris, onde eram esperadas 400 mil pessoas. Em vez disso, a Avaaz realizou uma intervenção urbana com 22 mil sapatos doados por cidadãos que foram impedidos de tomar às ruas na capital francesa.

Ricken Patel, diretor-executivo da Avaaz, encontra-se neste momento na COP21, onde está disponível para entrevistas nesta segunda e terça-feira para falar sobre a grande mobilização e a campanha global por energia 100% limpa.

Principais fatos do fim de semana:

  • O representante do Papa Francisco em Paris, Dom Frei Cláudio Hummes, afirmou que "hoje o Papa está, em espírito, junto com centenas de milhares de pessoas, de mãos dadas com os pobres e aqueles que buscam a justiça climática".
  • Manifestações em mais de 24 países quebraram recordes de participantes: Índia (20 mil em Deli), Austrália (140 mil, contando com 60 mil em Melbourne), Filipinas (18 mil em Manila), Nova Zelândia (33 mil), Bangladesh (5 mil em Daca), Grã-Bretanha (mais de 50 mil em Londres), Itália (mais de 20 mil em Roma), Espanha (mais de 20 mil em Madrid), Dinamarca (mais de 10 mil em Copenhague), Grécia (mais de 3 mil em Atenas), Indonésia (3 mil em Jacarta), Suíça (15 mil, sendo 5 mil em Genebra), Noruega (10 mil em Bergen), Canadá (25 mil em Ottawa), Holanda (7 mil em Amsterdã), Alemanha (20 mil em Berlim), Fiji (1.500) Áustria (mais 2,000 em Viena), Irlanda (5 mil em Dublin), Vietnã (mil em Ho Chi Minh City), Gana (1.200 em Acra), Uganda (1.000 em Kampala), Líbano (800 em Beirut) e Afeganistão (200 em Cábul).
  • Uma das marchas aconteceu em Saná, capital do Iêmen, apesar do lançamento de bombas nas proximidades do local; dezenas de cidades da Índia tiveram seus próprios eventos; freiras fizeram uma passeata na Coreia do Sul; mobilizações importantes aconteceram nas Ilhas do Pacífico – Nova Caledonia e Ilhas Marshall; pessoas foram às ruas nas principais cidades do Brasil, Portugal, Senegal, Gâmbia, Costa do Marfim, e Nigéria; no Quênia, a mobilização cruzou a linha do Equador. Em Ottawa, 25 mil pessoas enfrentaram temperaturas de 7 graus abaixo de zero.