A diferença entre a Destruição da Camada de Ozônio e o Aquecimento Global

A diferença entre a Destruição da Camada de Ozônio e o Aquecimento Global

Categoria(s): Arquivo

Publicado em 25/02/2014

Muitas pessoas ainda confundem a destruição da camada de ozônio com o aquecimento global. Estes dois problemas ambientais são extremamente diferentes, mas possuem uma pequena relação entre si. Vamos entender cada um deles.

 

Destruição da Camada de Ozônio

A camada de ozônio é uma espécie de capa composta por gás ozônio (O3), sendo responsável por filtrar cerca de 95% dos raios ultravioletas emitidos pelo Sol que atingem a Terra. Essa camada é de extrema importância para a manutenção da vida terrestre, pois caso ela não existisse, as plantas teriam sua capacidade de fotossíntese reduzida e os casos de câncer de pele, catarata e alergias aumentariam.

A degradação da camada de ozônio é um dos grandes problemas da atualidade. Esse fenômeno é conhecido como “buraco na camada de ozônio”; no entanto, não ocorre a formação de buracos e sim a rarefação dessa camada, que fica mais fina, permitindo que uma maior quantidade de raios ultravioleta atinja a Terra.

Em determinadas épocas do ano ocorrem reações químicas na atmosfera, tornando a camada de ozônio mais fina, mas logo ela volta à sua forma original. Contudo, as atividades humanas têm agravado esse processo, principalmente através das emissões de substâncias químicas halogenadas artificiais, com destaque para os clorofluorcarbonos (CFCs).

Essas substâncias reagem com as moléculas de ozônio estratosférico e contribuem para o seu esgotamento. Em 1987, visando evitar esse desastre, 47 países assinaram um documento chamado Protocolo de Montreal, que passou a vigorar em 1989. Esse Protocolo tem por objetivo reduzir a emissão de substâncias nocivas à camada de ozônio.



Aquecimento Global

Diversas pesquisas confirmam o aumento da temperatura média do planeta. Conforme cientistas do Painel Intergovernamental em Mudança do Clima (IPCC), o século XX foi o mais quente dos últimos cinco, com aumento de temperatura média entre 0,3°C e 0,6°C. Esse aumento pode parecer insignificante, mas é suficiente para modificar todo clima de uma região e afetar profundamente a biodiversidade, desencadeando vários desastres ambientais.

As causas do aquecimento global são relacionadas às atividades humanas, que intensificam o efeito estufa através do aumento da queima de gases de combustíveis fósseis, como petróleo, carvão mineral e gás natural. A queima dessas substâncias libera gases como o dióxido de carbono (CO2), o metano (CH4) e óxido nitroso (N2O), que retêm o calor proveniente das radiações solares, como se funcionassem como o vidro de uma estufa de plantas; esse processo causa o aumento da temperatura. Outros fatores que contribuem de forma significativa para as alterações climáticas são os desmatamentos e as mudanças no uso do solo.

Em busca de alternativas para minimizar o aquecimento global, 162 países assinaram o Protocolo de Kyoto em 1997. Conforme o documento, as nações desenvolvidas comprometem-se a reduzir sua emissão de gases que provocam o efeito de estufa, em pelo menos 5% em relação aos níveis de 1990.



Relação entre ambos os fenômenos climáticos

Alguns gases possuem a capacidade de degradação da camada de ozônio e também de intensificar o efeito estufa. O principal exemplo são os clorofluorcarbonos (CFC), utilizados principalmente em refrigeração.